O custo unitário do trabalho (CUT) na indústria brasileira diminuiu 3,6% em 2019 frente à média dos principais parceiros comerciais do Brasil. Entre 11 países analisados, o Brasil apresentou a terceira maior queda no indicador, atrás apenas de Argentina e França.
Conforme estudo da CNI, o principal fator para a queda no CUT no País foi o aumento da produtividade do trabalho. Apesar de ter crescido 0,6%, foi o segundo melhor desempenho, atrás apenas da Coreia do Sul, que teve alta de 1,4% no indicador no período.
"Apesar de ser um aumento pouco significativo, o Brasil apresentou o segundo melhor desempenho frente aos competidores, o que impacta positivamente a competitividade. A produtividade do trabalho efetiva, a que compara o Brasil com a média de nossos principais parceiros comerciais, registrou alta de 2,9%", explica a economista Samantha Cunha.
A maioria dos parceiros comerciais do Brasil registrou diminuição na produtividade do trabalho. Além de Brasil e Coreia do Sul, apenas México e Estados Unidos não registraram queda no indicador.
O salário real também contribuiu para a queda do indicador em 2019, mas em menor grau. A redução foi de 1,3% frente à média dos salários reais dos parceiros comerciais. Já a taxa de câmbio reduziu um pouco a competitividade do país frente aos demais países, com apreciação de 0,6% do real frente às moedas dos parceiros entre 2018 e 2019.
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